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Como começar a redação do Enem?

Como começar a redação do Enem?

Esse texto realmente vai te ajudar a entender como começar a redação do Enem de forma definitiva. Se você é preguiçoso, melhor deixar essas informações para um concorrente que realmente queira aprender. Ao pular as partes, você não irá entender os raciocínios.

A dúvida sobre como começar a redação do Enem persegue muitos alunos. Afinal, fazer uma dissertação até pode ser fácil, mas o difícil mesmo é começar, não é? Eu entendo bem esse sentimento de insegurança por ter mentorado algumas centenas de alunos nos últimos anos.

O maior desejo de quem treina redação para Enem é poder escrever sem medo e tendo segurança do que vai dizer, independente do tema que venham a propor da hora da prova. No entanto, como muita gente não sabe como começar a redação do Enem, vários alunos, perdidos na hora da escrita, acabam até mesmo tendo a redação zerada, como mostrou uma reportagem do Portal G1, ao afirmar que 87 mil alunos tiveram a redação zerada na edição 2020 da prova. Para muitos desses alunos, falta uma segurança básica de saber o que está fazendo enquanto produz seu texto.

Para ter essa segurança, você precisa confiar no que eu digo: seu problema não é a frase inicial da redação, mas a falta de conhecimento sobre a função de cada frase desse texto.

Se você entender a função de cada frase da sua introdução, por exemplo, vai saber o que fazer, mesmo quando o tema parecer um pouco estranho e, assim, não vai ficar se perguntando como começar a redação do Enem ou qualquer outra.

Eu sei que pode parecer simples demais, mas todos esses alunos aqui abaixo, quando começaram meu curso, também tinham dúvidas sobre como começar a redação do Enem, e todos eles conseguiram tirar 980 na redação ao dominar esses três pontos que eu vou te contar agora.

Sim, quando a gente vê esses resultados, podemos pensar que não conseguiríamos fazer algo semelhante, mas eu posso te garantir que nenhum dos alunos acima é um gênio absurdo da escrita. São alunos normais, mas que entenderam que um bom resultado é fruto de estudo e exercício.


A maior característica de todos esses estudantes é o esforço em estudar a técnica do texto. Em algum momento eles tiveram que aceitar que o problema deles não estava em como começar a redação do Enem, mas sim em não saber sobre o todo que compunha uma redação e, por isso, tinham dúvidas na hora de começar. Sabe aquela travadinha na primeira frase? Então…

Por isso, antes de entender como começar a redação do Enem, esses alunos se dedicaram ao estudo teórico de todo o texto dissertativo. Ah, mas muitos professores dizem que só se aprende a escrever, escrevendo. Bem, é verdade que escrever é importante para aprender a escrever melhor? Claro! Mas não adianta escrever se a gente não souber o que está escrevendo. Portanto, para saber como começar a redação do Enem, a gente precisa dominar 3 conhecimentos básicos. São eles:

  1. Saber que a forma de “como começar a redação do Enem” não é a primeira parte do texto

  2. Saber que “como começar a redação do Enem” depende de entender a problemática

  3. Saber que o “como começar a redação do Enem” ao usar repertório é consequência de um processo

Vamos nos aprofundar em cada um desses conhecimentos?

1. Saber que a forma de como começar a redação do Enem não é a primeira parte do texto

Alunos costumam ficar muito ansiosos quando o assunto é a forma ideal de como começar a redação do Enem, mas a verdade é que descobrir uma forma de começar o texto não é tão importante quanto saber o que fazer em cada parte.

Já vi muitos vídeos na internet mostrando listas de frases que podem ajudar a começar uma redação. São formas de você criar estruturas frasais simples que possam contribuir para o aluno trazer o tema. O problema desse tipo de iniciativa, feita por pessoas bem intencionadas, é que não adianta você trazer uma estrutura qualquer que traz alívio para o aluno se essa estrutura não está alicerçada em um um conhecimento teórico. O aluno decora a estrutura, mas quando o tema é um pouco diferente, não sabe aplicar aquele início de redação que alguém sugeriu.

Os professores que criam essas listas milagrosas focam naquilo que os alunos querem ouvir. Grande parte dos estudantes acredita que o problema de seu texto está no fato de não saberem começar a primeira frase da redação.

Eu diria, também, que além de não entender o todo de uma redação, muitos alunos carecem de compreensão sobre o projeto de texto, além de não terem ideias muito eficientes sobre quais argumentos trabalhar.

Esses alunos, sem compreensão estrutural e sem nenhum tipo de argumento, aprendem em alguma aula por aí a fazer essa primeira frase da redação e se sentem momentaneamente aliviados, mas simplesmente não sabem o que fazer com o restante do parágrafo de introdução e acabam preenchendo esse espaço com informações que não contribuem com o entendimento da redação.

A redação não melhora, aparece um novo tema de redação para ser feito na escola ou no cursinho e você vê que aquela fórmula mágica não dá certo, até que você volta a pesquisar sobre como começar a redação do Enem. Ainda bem que você chegou nesse texto, pois eu espero interromper seus ciclos de pesquisas inúteis para que possamos começar um novo ciclo de estudos.

É muito importante saber que para que a gente não precise mais pesquisar sobre como começar a redação do Enem, teremos que ter em mente que é fundamental saber aquilo que você precisa fazer no começo do seu texto, que é a sua introdução. Não é só decorar as partes da introdução, mas entender a função de cada parte. Quando você decora, esquece o que decorou e não sabe fazer alterações. Quando você entende, consegue fazer alterações e se adaptar a qualquer tema. A imagem abaixo é um esquema que pode te ajudar a visualizar que a introdução precisa de mais informações do que apenas falar sobre o tema.

Você precisa saber que a função da introdução é apresentar o seu projeto de texto e não somente falar sobre o tema, ou seja, na introdução a gente vai apresentar o tema como um problema que traz algum conflito social, o nosso ponto de vista sobre esse conflito, que seria nossa tese, além de mostrar os assuntos que desejamos desenvolver ao longo do texto.


Muitos alunos confundem os assuntos com a tese. Sempre vejo alunos que chegam nos meus cursos acreditando que os assuntos a serem desenvolvidos no parágrafo 2 e no parágrafo 3 já são as duas teses. Bem, deixa eu te explicar: não existem duas teses.

O próprio Enem já fez vídeo sobre isso. A TV Escola, em seu canal no Youtube, fez uma série de vídeo aulas chamadas A hora do Enem sobre os conteúdos da prova, com orientação do Inep e discutiu a questão da estrutura textual e diferenciou tese de assuntos.

Indo além desse debate sobre a diferença entre tese e assuntos, que eu debato com profundidade nas aulas do meu curso RED e do meu livro didático, você precisa se lembrar que para não ter dúvidas sobre como começar a redação do Enem, você deve ter em mente as perguntas dessa listinha aqui:

  • Consigo apresentar esse tema como um problema?

  • Consigo apresentar um ponto de vista sobre esse problema? Na minha opinião, qual a origem desse problema?

  • Se eu tentasse explicar esse meu ponto de vista, quais os assuntos que eu tentaria desenvolver no parágrafo 2 e no parágrafo 3 do meu texto?

2. Saber que como começar a redação do Enem depende de entender a problemática

Outro problema muito comum quando temos dúvida a respeito de como começar a redação do Enem é que a maioria dos alunos não foi treinada para perceber que o texto dissertativo é diferente de apenas fazer uma redação que fale sobre o tema.


Como eu sempre digo, escrever uma redação não é um processo de falar sobre o tema, mas explicar o fenômeno que envolve esse tema. Mas o que isso significa? Significa que seremos avaliados por explicar algo, mas para que tenhamos condições de explicar, precisamos apresentar o tema como um problema, pois não há necessidade de explicação em uma situação que não apresente um conflito.

Na linguagem de redação, a habilidade de transformar o tema em um problema é o que nós chamamos de construir uma problemática. Ainda que não saibamos disso, precisamos problematizar o tema. Isso significa compreender os diferentes tipos de temas que podem ser apresentados, para que consigamos criar uma frase afirmativa que demonstre que aquele tema é um problema.

Para que a gente não tenha dúvida sobre como começar a redação do Enem, precisamos entender que a habilidade de problematizar deve ser treinada separadamente ao processo de escrever uma redação completa.

A problematização, aliás, pode ser feita em redações com temas objetivos, iguais aos apresentados pelo Enem, ou mesmo em redações com temas abstratos, caso de alguns temas da Fuvest ou da UnB. Sem uma problemática, fica difícil escrever um texto argumentativo, já que a argumentação é a tentativa de explicar algo, de defender um ponto de vista. Todas as segundas-feiras, quando dou aulas ao vivo, me deparo com alunos que acham alguns temas super difíceis, mas são obrigados a perceber que apenas não foram ensinados a transformar diferentes tipos de temas em problemas.

A verdade é que se não tivermos um problema e se não soubermos criar um, vai ficar difícil encontrar uma tese e, como eu sempre digo, sem tese não teremos texto. Isso é bem discutido no capítulo 3 do meu livro didático RED [Reflexões Estruturais dissertativas], que você pode encontrar em versão física na nossa loja. O curso RED, aliás, custo mais barato que a versão física do livro. No curso, a versão em PDF desse livro vem no pacote.


Acredito que essa leitura seja válida para alunos que queiram compreender essa dificuldade inicial ao começar um texto. Digo isso porque quem está faz algum tempo estudando redação, sabe o quanto é difícil encontrar bons livros didáticos. Você até encontra matérias com exemplos, mas não é fácil achar algum material que explico como escrever e diga como devemos fazer um texto.

É justamente por saber o quanto é difícil encontrarmos esse tipo de abordagem que em meus cursos de redação, gravados ou ao vivo, passo muito tempo discutindo essa questão da construção da problemática, já que sem um problema, criaremos inúmeros outros problemas na hora de escrever.

Outro dia, por exemplo, li a redação de uma aluna que em 2019, ao fazer o tema do Enem sobre democratização do cinema, simplesmente não criou um problema. Logo, desde o início da redação ela afirmou que o cinema estava sendo democratizado pela tecnologia. Ao chegar no parágrafo de conclusão, essa aluna percebeu que não havia o que resolver em sua proposta de intervenção, porque não havia apresentado um problema.

Esse tipo de situação difícil não é tão rara. Já aconteceu com você de escrever um texto e no meio do processo simplesmente não conseguir saber o que dizer? A gente chama isso de “dar branco”. É como se não tivéssemos nada a falar sobre o tema, mas a verdade é que isso não é um problema intelectual. Isso vem do fato de que não sabemos o que estamos fazendo e criamos problemas na construção.


Geralmente, não temos nada a dizer sobre o tema porque estamos apenas falando sobre o tema. Em geral, ficamos sem ideias do que escrever porque nossos textos são apenas o encadeamento de informações sobre o tema. Precisamos de muitas informações para escrever 30 linhas. Por isso, em algum momento, ficamos sem saber o que dizer, já que a quantidade de informações é limitada.

No entanto, quando aprendemos que devemos parar de informar e começar a aprender a explicar os fenômenos que envolvem o tema, percebemos que fica mais fácil escrever, pois não precisamos saber muito sobre o tema, mas devemos desenvolver a capacidade de explicar processos.

Para explicar um processo, precisamos criar uma problemática. Isso significa que: não importa qual seja o tema de redação, sempre comece desenvolvendo a habilidade de transformar o tema em um problema. Vamos olhar isso com o tema abaixo:

ENEM – 2020
O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira

Muitos alunos, diante dessa prova, ficaram dúvidas em relação à palavra estigma. Bem, a palavra estigma traz a ideia inicial de marca ou ferida, mas no sentido aqui representado traz a ideia de uma rotulagem, um estereótipo social que gera preconceito. Podemos dizer, então, que pessoas com doenças mentais sofrem preconceito e que isso é um problema social. Assim, você deveria treinar a capacidade de transformar esse tipo de frase em uma afirmação que diga que essa prática social é um problema grave.

O avanço da estigmatização social associada às doenças mentais é um grave problema na sociedade brasileira.

Exemplo de afirmação inicial

Essa seria a primeira frase da sua redação. O ideal é você treinar isso com todos os temas do Enem até você ter certeza de que sabe fazer isso.


Um erro comum dos alunos é quando eles querem aprender introdução e não querem aceitar que o processo de escrita vem por partes. Isso significa que você precisa fazer esse tipo de exercício e só então, após aprender a fazer a introdução simples, tentar fazer a introdução que apresente repertório. Além disso, você precisa saber fazer esse tipo de afirmação inicial com temas objetivos como os do Enem, mas também com temas abstratos como os da UnB ou Fuvest.

Tudo é um processo. Vamos por partes? Na nossa escola, por exemplo, vemos alunos que iniciam nosso curso e já nas primeiras semanas querem apresentar redações complexas, com repertórios difíceis, sem sequer entender a estrutura básica. Como nossas correções são por áudio, nossos corretores conseguem gravar explicações detalhadas e orientar os alunos a não queimar etapas. Infelizmente, hoje, a maioria das plataformas não tem essa preocupação com os alunos e apenas atribui nota para as redações com comentários genéricos como “aprofunde seus argumentos.”


3. Saber que o “como começar a redação do Enem” com repertório é consequência de um processo

Se você encontrou esse texto, sobre como começar a redação do Enem e, ao ver os tópicos que seriam trabalhados, pulou até esse tópico final, preciso te dizer que, infelizmente, você é o típico aluno que eu sempre vejo se ferrando na hora de escrever.

Sim, repertório é importante, mas quando avaliamos as competências do Enem, a gente precisa entender que a presença de um repertório em uma redação de vestibular será sempre avaliada por dois pontos

Relação do repertório com o tema

  • Esse repertório tem relação com o que está sendo discutido?

  • Mesmo que esse repertório não tenha relação direta, o aluno conseguiu estabelecer essa relação?

Produção de conteúdo autoral a partir do repertório

  • A partir da relação estabelecida entre o repertório e aquilo que está sendo discutido, o aluno conseguiu produzir algum tipo de consideração autoral a respeito do processo textual?

O que isso significa? Significa que não adianta ir com muita sede ao pote e simplesmente não saber o que está fazendo na redação. Seu corretor é treinado para não se impressionar com a sua frase linda de filósofo no começo do seu texto. Muito pelo contrário. Quando ele vê a frase de um intelectual, ele já olha a presença desse recurso com uma postura avaliativa. A intenção dele, assim, é verificar se você consegue estabelecer uma relação entre o repertório e o texto.


Por isso, não adianta o aluno treinar, por exemplo, introdução com repertório se ele não souber fazer a introdução simples, pois se ele não souber a importância da presença de um tema com problemática, de uma tese e dos assuntos, ele vai gastar muito espaço com o repertório e quase nenhum espaço para o projeto de texto que deve ser apresentado na introdução.


Por isso, vale lembrar o que já foi dito acima. Antes de treinar a introdução com repertório, você deveria dominar a escrita de uma introdução simples.


Para explicar como escrever a introdução com repertório, vou apresentar um exemplo do meu livro didático RED [Reflexões Estruturais Dissertativas]. Esse exemplo está presente no capítulo referente à aula 11, na página 173. Vale lembrar que quem assina meu curso de redação, ganha o PDF completo do meu livro didático, que tem dois volumes com 25 capítulos.


Nesse capítulo, definimos a seguinte sequência para a introdução:

Assim, estabelecemos que a forma mais eficiente de iniciar o nosso texto com um repertório é colocando a citação em seu início.


No entanto, temos aqui um problema. Embora a frase da filósofa Simone de Beauvoir possa ser aplicada em diferentes contextos, não podemos simplesmente apresentar uma citação e dizer que essa citação se aplica ao tema que queremos. Para que a citação seja considerada eficiente pela banca, precisamos explicar essa relação. Afinal, por que essa frase pode ser aplicada a esse tema?


Em nosso curso de redação, nossos corretores são treinados para não aceitar imposições de repertório. Chamamos de imposição de repertório quando o aluno apresenta uma relação entre um repertório e um tema, mas não explica essa relação, impondo ao corretor a aceitação de uma relação em que não há coerência.


Assim, a estrutura inicial que apresentamos acima se mostra deficitária, já que precisamos melhorar essa interação e explicar a relação entre o repertório e o tema. Logo, apresentamos uma segunda sequência de organização da introdução.


Nessa sequência, precisaremos nos esforçar para explicar a relação entre a citação e a tese. Dessa forma, o exemplo anteriormente apresentado, ficaria assim:

Obviamente, esse três tópicos apresentados envolvem inúmeros debates, explanações teóricas, exemplos. Em nossos cursos de redação, gravados ou ao vivo, levo bastante tempo em cada uma dessas partes. Eu realmente acredito no potencial de alunos que pensam em médio e longo prazo. Infelizmente, hoje, falta para alguns alunos a maturidade de entender o óbvio: se você ainda não domina um conteúdo, não terá recursos para saber se o entendeu, apenas com a leitura de um conteúdo como o desse artigo.

Se você, por exemplo, começou a leitura desse artigo com a intenção de entender como começar a redação do Enem, provavelmente você ainda tem dúvidas estruturais básicas que precisam de contínua reflexão.

Isso significa que, embora você tenha entendido os pontos básicos dessa explicação, você ainda precisa de maior aprofundamento didático, mas também de profissionais que leiam a sua redação e possam dizer se você conseguiu aplicar o que foi sugerido. Eu tenho essas duas ferramentas: um curso com todos os tópicos estruturais de redação e corretores treinados que vão corrigir sua redação.

Para você ter uma ideia da qualidade do nosso curso e material, só essa parte de introdução com o exemplo acima tem 200 exemplos com diferentes repertórios em nosso livro didático. Isso significa que se você estudasse comigo, não estaria na internet procurando um artigo sobre como começar uma redação do Enem.

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